Imagine uma universidade com sofisticados laboratórios e bibliotecas, nos quais se reúnem professores, pesquisadores e alunos da elite econômica de um país. Imagine também que, nesse lugar, além da excelência acadêmica, as pessoas sejam preocupadas com a inclusão social. Finalmente, imagine que, ali, seja considerado um dos principais centros de conhecimento da América Latina e até do mundo. Está pronto?
Agora, imagine que, nesse espaço, se coloque uma escola pública gerida por uma faculdade de Educação, destinada majoritariamente aos filhos e funcionários da universidade. Como você acha que seria essa escola pública? Lamento, mas você, caro leitor, errou.
Existe uma escola pública, com apenas 733 alunos, dentro da USP, a principal referência brasileira de ensino superior. Mas essa escola não está nem mesmo entre as 40 melhores do Estado de São Paulo, a julgar por um indicador que acaba de ser divulgado (o detalhamento está no www.dimenstein.com.br).
O resultado mereceria várias teses de doutorado sobre a dificuldade de articulação de uma escola pública com a sua comunidade. Bastaria que um punhado de voluntários da USP assumisse a tutoria dos alunos com maior dificuldade ou que se usassem melhor os recursos disponíveis da universidade ( laboratórios, bibliotecas e museus), além dos serviços médicos, psicológicos e assistenciais, para que, em curto período, aquela escola seja uma das melhores do Brasil.
A USP prestaria um gigantesco serviço à nação se usasse sua inteligência para ensinar a fazer melhores escolas públicas --aliás, está nas suas origens a missão de ajudar a educação pública. Mas, ao contrário, dá um mau exemplo, que arranha sua imagem perante aos cidadãos e contribuintes.
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Por isso que eu sempre digo, o problema não esta somente nas escolas e sim no sistema de educação. Infelizmente no Brasil as universidades particulares são um lixo e as públicas não ficam atrás.
Outra coisa que ouvimos sempre é aquela velha frase : - " Educação tem que trazer de casa!!! " .
Até ai tudo bem, mas que educação a criança tem em casa? Muitos diziam isso no inicio do século passado, por que eram filhos de imigrantes europeus e asiaticos. Mas depois de várias gerações no que se transforma essa educação?
A verdade esta lá fora e nas escolas primárias, sejam publicas ou privadas.
No caso da USP, eu acho que é outro lixo, um elefante cor de rosa num país miserável que luta para deixar de ser colonia.
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terça-feira, maio 20, 2008
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