O ministro do Supremo Tribunal Federal, Eros Grau, concedeu liminar beneficiando o ex-ministro da Casa Civil e deputado cassado José Dirceu (PT). A liminar suspende a tramitação de um procedimento de investigação, aberto pelo Ministério Público, em São Paulo, para apurar o suposto envolvimento de Dirceu em irregularidades na Prefeitura de Santo André, na administração de Celso Daniel, assassinado em janeiro de 2002.
Ele havia sido convocado a prestar depoimento hoje sobre o caso. O Ministério Público insiste em ouvi-lo porque suspeita que o PT teria sido o destinatário de parte de recursos desviados do Tesouro municipal de Santo André. A revelação foi feita pelo médico João Francisco Daniel, irmão de Celso Daniel. Ele afirmou aos promotores, à Justiça e à CPI dos Bingos que, uma semana depois do assassinato de seu irmão, ouviu de Gilberto Carvalho, secretário particular do presidente Lula, que o dinheiro era reservado ao financiamento de campanhas do PT. Dirceu, que na época era presidente do partido, nega ter participado do esquema.
Há quase 4 anos, o Ministério Público fez uma primeira investida para apurar os fatos, mas por decisão do então ministro Nelson Jobim, que integrava o STF, trancou o pedido de investigação sobre Dirceu, sob o argumento de que não podia autorizar o inquérito com base em "ouvir dizer".
Para os promotores, "fatos novos" surgiram dos últimos meses justificam a intimação para Dirceu dar explicações. Eles se baseiam nos resultados da investigação sobre o mensalão que levaram o chefe do Ministério Público Federal, procurador Antonio de Souza, a pedir abertura de processo criminal contra 40 políticos e empresários. Dirceu é apontado como o chefe da organização criminosa.
quarta-feira, maio 10, 2006
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