segunda-feira, junho 25, 2007

Justiceiros do Ira ou ira dos justiceiros?

Defendo a tese de que, desde o início de sua participação junto aos movimentos sindicais e estudantis, cabo Anselmo era um elemento a serviço do CENIMAR (Centro de Informações da Marinha).

Outro dia, em artigo intitulado "Cabo Anselmo e os neogolpistas" falei que não acreditava que o referido militar da Marinha de Guerra do Brasil "tornou-se" um "traidor" dos movimentos armados que se opunham ao golpe militar de 1964, somente após seu retorno do exílio, em 1970. Defendo a tese de que, desde o início de sua participação junto aos movimentos sindicais e estudantis, cabo Anselmo era um elemento a serviço do CENIMAR (Centro de Informações da Marinha). Portanto, a meu ver, não houve a "virada", a "mudança de lado", conforme muita gente defende; mas, sim, a infiltração de um agente das forças repressoras.

Entre minhas observações, registrei:

"Há quem acredite que cabo Anselmo mudou de lado quando voltou do exílio (Uruguai e Cuba) em 1970. Engano. Na verdade, ele era um agente infiltrado nos movimentos populares que precederam o golpe militar. Sua primeira prisão, em 64, no momento da investida dos militares contra um governo legal e democraticamente constituído, não passou de um jogo de cena dos serviços de informação. E sua fuga da cadeia não foi senão mais uma etapa desse jogo. Veja que eu cheguei a bordo do Submarino Bahia em janeiro de 1969, e, naquela ocasião, os mais antigos já o tratavam como traidor (à boca pequeníssima, claro). Também a sua prisão pela equipe do delegado Sérgio Fleury (não se sabe como ocorreu), pouco tempo depois de sua volta do "exílio", foi, sem dúvida, mais uma armação dos aparelhos repressores, a fim de legitimá-lo como membro da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) e viabilizar a continuação de seu papel como delator."

Assassinato do marinheiro inglês

Outra história que considero mal contada é a do assassinato do marinheiro inglês David A. Cuthberg, ocorrido em 5 de fevereiro de 1972. A autoria do atentado foi atribuída a grupos de esquerda que agiam na clandestinidade, movimentos de resistência ao regime militar: ALN, VAR-Palmares e PCBR.

Na época, em cima dos fatos, o jornal O Globo assim manifestou-se:

LEIA COMPLETO...

http://port.pravda.ru/cplp/brasil/25-06-2007/17848-justiceiros-0

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