segunda-feira, julho 27, 2009

A UNE no rumo certo

A imprensa brasileira não quis informar à sociedade que o apoio da Petrobras se deu também no 50º Congresso da UNE, realizado em 2007. Neste encontro, a entidade levou, em parceria com a Coordenação dos Movimentos Sociais, mais de 8 mil estudantes às ruas exigindo o "Fora Meirelles", demarcando a sua posição de discordância com a política econômica do Governo Federal e a sua autonomia política. O artigo é de Tiago Ventura e Joanna Paroli, vice-presidente da UNE e diretora da entidade, respectivamente

Tiago Ventura e Joanna Paroli*

Nos dias 15 a 19 de julho, jovens de todos os estados do País se reuniram para realizar o 51º Congresso da União Nacional dos Estudantes. Contando com a participação de mais de 10 mil estudantes, com delegados eleitos em 92 por cento das universidades brasileiras, o encontro entrou para história como o mais representativo da entidade, reforçando a história de lutas e legitimidade da UNE no seio dos estudantes e do movimento social brasileiro.

O 51º Congresso da UNE teve como marco comemorativo os 30 anos do Congresso da UNE de Salvador, realizado em meio à ditadura militar na perspectiva de refundar a entidade, até então fechada e perseguida pelo governo militar, colocando-a ativamente na luta pela redemocratização do País. Dessa forma, um dos pontos altos do 51º CONUNE se deu em torno do direito à memória dos estudantes perseguidos e mortos durante a ditadura, como o presidente da UNE “desaparecido” Honestino Guimarães, e dos militantes envolvidos nos processos de contestação dos anos de chumbo, como a guerrilha do Araguaia.

Outros momentos importantes fizeram parte desse Congresso. A realização do ato público em defesa da Petrobras, que se desdobrava na campanha contrária à CPI instaurada pela direita privatista contra a empresa, pelo fim dos leilões de petróleo e pela criação de uma empresa estatal para exploração da camada pré-sal. O ato reforçava a luta histórica da UNE por uma nova concepção de Estado, na qual bens estratégicos como o petróleo devem ser encarados e explorados a partir do seu caráter público, tendo como finalidade o combate às desigualdades sociais, em contrapartida ao desejo da direita, que gostaria de ver a Petrobras privatizada nas mãos do capital financeiro mundial. A UNE continua na vanguarda dos movimentos sociais quando colocou, na última gestão, a Campanha pela Legalização do Aborto como pauta prioritária e a construiu nas universidades de todo o país. Nesse Congresso, dezenas de estudantes uniram-se ao Ato contra a CPI do Aborto, instaurada na Câmara Federal, reafirmando o compromisso da UNE com a luta feminista e por uma educação libertária e livre de todas as opressões.

Sobram vagas no Bolsa-Família em São Paulo

“Prefeitura deve iniciar em outubro cadastramento para 123 mil vagas que o governo federal abriu em maio"

(Roldão Arruda, O Estado de São Paulo)

Prefeitura de São Paulo não utiliza todas as vagas que o governo federal põe à disposição do município para o programa Bolsa-Família. Hoje, segundo o Ministério do Desenvolvimento Social, 327.188 famílias pobres da cidade poderiam estar recebendo o benefício. Mas, de acordo com a lista de pagamento deste mês, ele só chega a 193.276 famílias (59% do total).

E por que as outras 133.912 famílias que poderiam ser beneficiadas não recebem? Em Brasília, os responsáveis pelo Bolsa-Família lembram que a administração do programa em cada município compete à prefeitura, evitando fazer críticas diretas à administração do prefeito Gilberto Kassab (DEM). Indiretamente, porém, são comuns as manifestações de estranheza.

Na semana passada, ao comentar o recadastramento de parte das famílias beneficiadas, que está em curso no País, a responsável pelo programa, Lúcia Modesto, secretária nacional de Renda e Cidadania, acentuou que em todos os municípios existem listas de famílias aguardando vaga no Bolsa-Família. Ou seja, a demanda é alta. E é por causa disso, disse ela, que o programa está sendo ampliado. Vai passar dos 11,4 milhões de famílias atuais para 12,9 milhões até o fim de 2010.

No embalo dessa ampliação, anunciada em abril, o Município de São Paulo ganhou 123 mil novas vagas para serem usadas neste ano - o que resultou no total atual de 327.188 vagas disponíveis. O número, segundo Lúcia, foi estabelecido a partir do Mapa da Pobreza, do IBGE.”

Relatório de farra aérea cita DEM, PTB e PP

“Deputados Eugênio Rabelo (PP-CE), Márcio Junqueira (DEM-RR) e Paulo Roberto (PTB-RS) são suspeitos de vender bilhetes de cota. Ex-servidora envolve Rabelo, que rechaça participação; Roberto diz que não sabia de esquema em seu gabinete; Junqueira não é localizado..."

Folha de São Paulo

Os deputados Eugênio Rabelo (PP-CE), Márcio Junqueira (DEM-RR) e Paulo Roberto (PTB-RS) estão entre os parlamentares com indícios de participação no esquema de venda de passagens aéreas de suas cotas e podem ser investigados pela Corregedoria da Câmara.

Pelo menos mais um congressista está na mesma situação, mas a Folha não conseguiu identificá-lo até ontem.

Os nomes de Rabelo, Junqueira e Roberto constam do relatório finalizado anteontem pela comissão de sindicância formada por três funcionários da Câmara que investigou a chamada "farra das passagens".

No total, 39 gabinetes se envolveram de alguma forma com a venda ilegal da cota aérea, segundo a comissão.

Na maioria dos casos, ficou constatado a participação apenas de funcionários. São 44 servidores ou ex-servidores que responderão a processo administrativo. Mas as denúncias também chegaram a alguns parlamentares -como Junqueira, Rabelo e Roberto.

Segundo a Folha apurou, a situação de Rabelo é a mais séria. Ele foi acusado por uma ex-funcionária, de nome Fabiana, demitida após o escândalo. Ela disse à comissão que agia sob ordens do deputado. Ele nega:

"Se ela estiver me acusando, a Justiça que vai resolver. Eu tenho a minha índole. Estou sendo crucificado, indo talvez para o Conselho de Ética, por um negócio que eu não cometi. Ela que cuidava das passagens e vai tentar se defender".

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As ditaduras podem voltar

“O recente golpe coloca o governo Obama frente à hora da verdade. Ao receber a notícia, Hillary Clinton vacilou"

Frei Betto, Brasil de Fato

Todos os ditadores – de Hitler a Médici, de Batista a Stalin, de Franco a Somoza – passam à história como figuras execráveis, cujos nomes, estigmatizados, se associam às vitimas de seus governos tirânicos.
Aliás, Tirano era o comandante da guarda do rei Herodes. Seu nome tornou-se sinônimo de crueldade por se atribuir a ele a execução da ordem real de decapitar, em Belém, todos os bebês, entre os quais estaria Jesus se José e Maria não tivessem fugido com ele para o Egito.

A América Latina carrega em sua história longos períodos de supressão do regime democrático. No século XX, o Brasil conheceu dois: sob o governo Vargas (1937-1945) e sob o regime militar (1964-1985), sem falar dos que governaram sob Estado de Sítio.

O paradoxo é que todas as ditaduras latino-americanas foram suscitadas, patrocinadas, financiadas e armadas pelo governo dos EUA. Até o mandato de George W. Bush, para a Casa Branca, democracia, consistia numa panacéia, mera retórica política. Fala-se que nos EUA nunca houve golpe de Estado porque não há, em Washington, embaixada americana...

O recente golpe em Honduras, que resultou na deposição do presidente Zelaya, democrática e constitucionalmente eleito, coloca o governo Obama frente à hora da verdade. Ao receber a notícia, Hillary Clinton, secretária de Estado, vacilou. Talvez tivesse manifestado apoio aos golpistas se o presidente Obama, em viagem à Rússia, não houvesse reagido em defesa de Zelaya como legítimo mandatário.

Ainda assim, os EUA não suspenderam sua ajuda financeira e militar às Forças Armadas hondurenhas, que sustentam o ditador de plantão.

A política externa da Casa Branca trafega sobre o fio da navalha. Sabe que Zelaya está mais próximo de Chávez que dos falcões usamericanos que ainda comandam a CIA. Esta agência, especializada em terrorismo oficial, não foi devidamente saneada por Obama.

sábado, julho 25, 2009

O jornal Folha de S. Paulo estampou em manchete no último domingo (19) que a chamada gripe A, apelidada de gripe suína, “deve atingir ao menos 35 milhões no país em 2 meses” e no texto da matéria vai ainda mais longe: diz que poderá infectar até “67 milhões de brasileiros ao longo das próximas cinco a oito semanas”. O jornal usou projeções estatísticas feitas para outras doenças e em outras circunstâncias para se chegar a estes números absurdos. Segundo o médico Eduardo Carmo Hage, diretor de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), do Ministério da Saúde, que serviu de fonte para a reportagem, o jornalista foi alertado sobre esse erro e, mesmo assim, o jornal publicou a falsa informação. Esta conduta criminosa deveria render uma multa pesada para o jornal e a demissão sumária do jornalista e editores que incentivam este tipo de manipulação.



Segundo o Ministério da Saúde, em 2007 (não há dados consolidados sobre 2008), morreram no Brasil mais de 42 mil pessoas vítimas de doenças respiratórias como pneumonia e gripe comum. Até ontem, em todo o mundo, o número de pessoas que morreram em decorrência da gripe A não chegava a mil. Segundo a União Européia, 843 mortes em todo o mundo e cerca de 167 mil casos já registrados em laboratórios. Ou seja, não há motivo nenhum para se acreditar que a nova gripe se transforme numa pandemia letal como foi no passado a gripe espanhola.



Por que então a mídia insiste no tom alarmista? Fazer uso político de um problema de saúde pública pode ser uma das explicações.



Afinal, já vimos este filme antes, no início de 2008, quando a mídia anti-Lula percebeu que poderia usar o aumento dos casos de febre amarela como argumento para torpedear o governo. Naquela ocasião, o pânico disseminado pela irresponsabilidade da imprensa levou milhares de pessoas a se vacinarem sem necessidade. Algumas pessoas morreram vítimas dos efeitos colaterais da vacina.



Agora, percebe-se por parte de alguns jornais e jornalistas a mesma disposição de fazer uso político de um problema de saúde pública, levando desinformação à população que acaba lotando os hospitais e postos de saúde, prejudicando ainda mais o atendimento médico que já é precário na rede pública.



Epidemia e pandemia são assuntos da esfera da OMS (Organização Mundial de Saúde) e das autoridades sanitárias de cada país. Os veículos de comunicação devem servir como instrumento de esclarecimento e informação à população. A preocupação da imprensa deveria ser a de ouvir especialistas, fazer comparações estatísticas corretas com outras doenças, repetir quais são os cuidados que se deve ter, cobrar do governo em todas as esferas –federal, estaduais e municipais-- quando há problemas no atendimento das clínicas e hospitais.



No Brasil, o Ministério da Saúde possui uma política consolidada de prevenção a possíveis epidemias de diferentes tipos influenzas pelo Brasil. O Ministério utiliza a comunicação como principal aliado para esclarecer a população e evitar que o vírus da gripe se torne uma epidemia no Brasil. O trabalho das autoridades sanitárias está sendo feito de forma responsável e ágil. Não pode ser prejudicado pela irresponsabilidade e pelas picuinhas políticas de setores da mídia que se alimentam de escândalos e alarmismos.


http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=60187

E agora mídia corporativa? O que restou?

Agência Brasil

“A taxa de desemprego caiu para 8,1% em junho em relação a maio deste ano (8,8%) e se manteve estável na relação a junho de 2008 (7,9%), segundo a Pesquisa Mensal de Emprego, divulgada hoje (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os técnicos do IBGE constataram que o contingente de pessoas desocupadas é de cerca de 1,9 milhão. A população ocupada, de 21,1 milhões de trabalhadores, registrou elevação de 0,8% quando comparada com maio deste ano e ficou estável em relação a junho de 2008. O o número de trabalhadores com carteira assinada não oscilou em relação a maio, mas aumentou 2,2% quando comparado ao de junho de 2008.

A área técnica do IBGE constatou que o rendimento médio real habitual dos trabalhadores ( R$ 1.312,30) não variou na comparação mensal, mas teve alta de 3% frente a junho de 2008. Enquanto isso, a massa de rendimento efetivo das pessoas ocupadas – de R$ 27,8 bilhões – cresceu 0,5% em relação a maio último e 2,8% em relação a junho deste ano.”

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“Vai melhorar ainda mais...”

Folha Online

“O consumidor brasileiro começou a entrar na chamada "zona de otimismo", ainda que contido, de acordo com dados da Sondagem do Consumidor, divulgada nesta quinta-feira pela FGV (Fundação Getúlio Vargas). Ao atingir 111,4 pontos em julho, o ICC (Índice de Confiança do Consumidor) consolidou-se acima da média histórica de 107 pontos.

Para o economista do Ibre (Instituto Brasileiro de Economia), Aloisio Campelo, o melhor ambiente econômico, com inflação controlada e recuperação do mercado de trabalho, vem fazendo com que a visão do consumidor sobre a economia se torne mais positiva. Ele acrescentou que a indicação é que esta percepção vai melhorar ainda mais daqui para frente.”

Os chacais de guarda

Emir Sader, Carta Maior

"O que seria dos interesses das elites dominantes, se não contassem com escribas, pagos pelas empresas de mídia privada, para tentar fazer passar esses interesses com se fossem os interesses do país? Para isso eles contam com equipes de “cães de guarda”, que defendem, com unhas e dentes, os interesses das elites dominantes, especialmente concentrados na mídia.

Tentam, por exemplo, identificar a liberdade com a liberdade do capital, condenando qualquer forma de limitação à sua livre circulação. Tentar identificar liberdade com a existência da grande propriedade privada, opondo-se a qualquer definição de critérios sociais para a propriedade, especialmente a monopólica e a propriedade não produtiva no campo, opondo-se a qualquer tipo de ação de socialização da propriedade. Porque essas próprias empresas são monopolistas.

O filósofo francês Paul Nizan escreveu um livro, em 1932, a que deu o nome de “Cães de guarda” para se referir aos intelectuais que prestam serviço de promover legitimidade e dar razões de sobrevivência ao poder das elites dominantes. “Eles adorariam ser Zola, mas para acusar as vítimas...”, escreve Serge Halimi, no prefácio da edição mais recente do livro, mencionando como esses guardiães da ordem estabelecida adoram estar de acordo com seus patrões, acusando os pobres, os marginalizados, as vítimas do sistema, como se fossem verdugos. “Quanto à sua obra, ela se autodestrói um quarto de segundo depois do tiro de morteiro midiático...”, acrescenta Halimi.

Na introdução do livro de Halimi, “Os novos cães de guarda” – publicado no Brasil pela Jorge Zahar -, Pierre Bourdieu recorda como trabalhos de denuncia desse tipo contribui a “arruinar um dos suportes invisíveis da prática jornalística, a amnésia...” E se pergunta: “por que, de fato, os jornalistas não deveriam responder por suas palavras, dado que eles exercem um tal poder sobre o mundo social e sobre o próprio mundo do poder?

Blog do Emir

sábado, julho 04, 2009

Cadê a Globo: filha de FHC funcionária do senado

Filha de FHC é funcionária fantasma

Como pode a filha do FHC (PSDB)declarar que é funcionária fantasma do HONESTO senador Heráclito Torres (DEM-PI?
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Assombração com selo de procedência e legítimo DNA tucano
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O vestal FHC tem uma filha que é funcionária fantasma do Senado
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Em entrevista, Luciana Cardoso, filha de Fernando Henrique Cardoso à coluna Mônica Bérgamo, da Folha, e veja só, na entrevista, como a moça é despeitada!
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Luciana Cardoso é funcionária do gabinete do boca-de-sovaco Heráclito Fortes, onde confessa que raramente aparece. Cardoso e Heráclito arrogam-se ao cotidiano papel de constrangedores-gerais da República, mas mamam nas tetinhas do Senado como um deputadinho sacana qualquer. É de chorar!
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FILHA DE FHC...funcionária fantasma do SAPO-BOI...

Fonte: comunidade da UNE

Cadê a moral da oposição para pedir a cabeça do Sarney!

A tragédia e a farsa

Oposição quer dar o tapetão na democracia!


https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXVkOgKRGnz2eO_s4OlpATKygnDYwmzdScucaEIDSEricb0_42HMMZwEdsPfVxDtbl5rhLjRZbqBwxNvEEcGKBJ5O1NOcpydzH09jZzybhyphenhyphenUPkVwCVhPwgW-_gPYAlVHV65Pve/s400/bessinha34567.jpg


Mauro Santayana, JB Online


“Elegante e moderado, enquanto viveu, o excelente médico e homem público José Aristodemo Pinotti contribuiu, com sua morte, para que arrefecessem os ânimos no Senado, na tarde de ontem. Presidindo a sessão de homenagem ao morto, o senador José Sarney pediu que os discursos se limitassem à sua memória, mas não teve êxito. O senador Arthur Virgílio quebrou o rito, ao anunciar que venderá propriedades da família, a fim de ressarcir o Tesouro do dinheiro que foi pago a um funcionário que, lotado em seu gabinete, viveu em Paris, durante mais de um ano.
Essa crise no Senado está muito distante da versão shakespeareana do complô contra César: não conseguimos ver, sob a manga da túnica de Arthur Virgílio, nem sob as dos outros que a ele se unem, o punhal de Brutus e de seus companheiros de conjura. Os punhais de hoje são metafóricos, e o senador pelo Amazonas não tem as dimensões trágicas de Marcus Brutus. O que se passa no Senado está mais para uma pantomima da commedia dell’arte do Renascimento Italiano.
Quaisquer que tenham sido os erros do senador Sarney na presidência do Senado, eles não são exclusivos do político do Maranhão. A cultura da tolerância permitiu que a representação parlamentar se degradasse a esse ponto. A longa experiência política do ex-presidente da República o devia advertir que, com os inimigos e adversários que reuniu durante décadas, devia precaver-se. Mas, pelo que vemos, quaisquer tenham sido os seus erros, ele se encontra em condições de devolver, aos honourable and wise men, todas as pedras que lhe são atiradas. Falta autoridade a Arthur Virgílio para pedir o afastamento do presidente do Senado, depois de ter confessado alguns de seus próprios pecados. ..