quarta-feira, janeiro 27, 2010

Sabesp republica balanço de 2008 com queda de R$ 944 milhões no lucro

A Sabesp anunciou hoje que irá republicar o balanço de 2008, com uma redução de R$ 944,5 milhões no lucro líquido, para reconhecer despesas com pagamento de benefícios a aposentados da companhia.

Segundo comunicado da empresa, uma decisão judicial obrigou a companhia a pagar benefícios de complementação de aposentadoria e pensão, cuja responsabilidade inicial era do governo do Estado de São Paulo. Essa decisão implica em uma provisão para as despesas de R$ 409,1 milhões.

Além disso, a direção da Sabesp avalia ser necessário reconhecer uma provisão para a obrigação relativa ao compromisso atuarial mantido com os beneficiários, no valor de R$ 535,4 milhões.

Por conta das provisões, o lucro da companhia de saneamento no ano passado, que havia sido de R$ 1,008 bilhão, agora despencará para R$ 63,6 milhões. "Trata-se de efetuar provisão contábil em face da incerteza quanto ao recebimento do crédito", diz a companhia no comunicado.

A alteração do balanço será submetida à aprovação da assembleia de acionistas.

Fonte : Valor Online

Sem candidatos fortes pelo Brasil, PSDB deve lutar para manter SP

O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (atual secretário estadual do Desenvolvimento) deve mesmo ser o candidato do PSDB a disputar o governo do Estado nas eleições deste ano, apesar do empenho do secretário Aloysio Nunes (Casa Civil) em conseguir a indicação do atual ocupante do posto, o também tucano José Serra, que pretende abrir mão da reeleição para disputar a Presidência da República.
Vermelho.org / R7

Os tucanos ouvidos pelo R7 disseram que, apesar das divergências no passado entre Serra e Alckmin, o PSDB não pode desperdiçar o favoritismo do ex-governador em São Paulo, uma vez que a legenda enfrenta dificuldades para emplacar nomes em outros Estados importantes, como Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Pernambuco e Ceará. A única candidatura tucana forte, até agora, é do prefeito de Curitiba, Beto Richa, que tentará se eleger governador do Paraná. A falta de nomes fortes em colégios eleitorais importantes traz problemas à campanha de Serra.

O trunfo de Alckmin, segundo seus aliados, é o favoritismo nas pesquisas pré-eleitorais, que o colocam na liderança com cerca de 50% das intenções.
Serra conversou recentemente com caciques do partido e informou que não vai falar em Presidência enquanto continuarem as indefinições nas candidaturas estaduais. Por essa razão, o comando nacional do partido decidiu que essas pendências precisam ser resolvidas na segunda quinzena de fevereiro, depois do Carnaval.

Alckmin, por sua vez, não quer arriscar seu favoritismo provocando a ira de Serra, que já tem problema demais com sua provável candidatura presidencial, cuja liderança nas pesquisas fica cada vez mais ameaçada com o aumento da popularidade da ministra petista Dilma Rousseff (Casa Civil).

Até que Serra se declare candidato à Presidência, Alckmin não deve defender publicamente sua candidatura.
Porque é que os EUA devem bilhões de dólares ao Haiti? Colin Powell, antigo secretário de Estado dos EUA, definiu a sua política externa como a "regra do Pottery Barn". Ou seja – "quem parte, paga".

Durante 200 anos os EUA fizeram tudo para "partir" o Haiti. Estamos em dívida para com o Haiti. Não é uma questão de caridade. Estamos em dívida para com o Haiti por uma questão de justiça. Indenizações. E não apenas os 100 milhões de dólares prometidos pelo presidente Obama – isso são trocos. Os EUA devem ao Haiti bilhões de dólares – com Bs maiúsculos.
Há séculos que os EUA têm feito tudo para dar cabo do Haiti.

Os EUA usaram o Haiti como uma plantação. Os EUA ajudaram a sangrar o país economicamente desde que ele se tornou independente, invadiu várias vezes o país com forças militarizadas, apoiou ditadores que violentaram a população, utilizaram o país como caixote do lixo para nossa conveniência econômica, arruinaram as suas estradas e a sua agricultura, e derrubaram os eleitos pela população. Os EUA até usaram o Haiti como os antigos proprietários de plantações e esgueiravam-se para ali freqüentemente para recreação sexual.
Eis a história mais resumida de algumas das principais tentativas dos EUA para dar cabo do Haiti.

Em 1804, quando o Haiti conquistou a sua independência da França na primeira revolução de escravos bem sucedida a nível mundial, os Estados Unidos recusaram-se a reconhecer o país. Os EUA continuaram a recusar o reconhecimento do Haiti durante mais 60 anos. Por quê? Porque os EUA continuavam a escravizar milhões dos seus próprios cidadãos e receavam que o reconhecimento do Haiti encorajasse a revolução dos escravos nos EUA.

Depois da revolução de 1804, o Haiti foi sujeito a um debilitante embargo econômico pela França e pelos EUA. As sanções americanas duraram até 1863. A França acabou por usar o seu poderio militar para forçar o Haiti a pagar indenizações pelos escravos que foram libertados. As indenizações foram de 150 milhões de francos. (A França vendeu todo o território da Louisiana aos EUA por 80 milhões de francos!).

O Haiti foi forçado a pedir dinheiro emprestado aos bancos da França e dos EUA para pagar as indenizações à França. Por fim, em 1947, foi finalmente feito um enorme empréstimo aos EUA para liquidar a dívida aos franceses. Qual o valor atual do dinheiro que o Haiti foi forçado a pagar aos bancos franceses e americanos? Mais de 20 mil milhões de dólares – com Bs maiúsculos.

Os EUA ocuparam e governaram o Haiti pela força de 1915 a 1934. O presidente Woodrow Wilson enviou tropas para o invadir em 1915. As revoltas dos haitianos foram dominadas pelos militares americanos – que mataram mais de 2000 num só confronto. Durante os dezenove anos que se seguiram, os EUA controlaram as alfândegas no Haiti, cobraram impostos e dirigiram muitas instituições governamentais. Quantos milhares de milhões foram aspirados pelos EUA durante esses 19 anos?

De 1957 a 1986, o Haiti foi forçado a viver sob as ditaduras de "Papa Doc" e de "Baby Doc" Duvalier, apoiados pelos americanos. Os EUA apoiaram esses ditadores econômica e militarmente porque eles faziam o que os EUA queriam e eram politicamente "anticomunistas" – ou seja, como se traduz hoje, eram contra os direitos humanos das suas populações. Duvalier roubou milhões ao Haiti e contraiu uma dívida de centenas de milhões que o Haiti ainda continua a dever. Dez mil haitianos perderam a vida. As estimativas revelam que o Haiti tem uma dívida externa de 1,3 mil milhões de dólares e que 40% dessa dívida foi contraídas pelos Duvaliers apoiados pelos EUA.

Há trinta anos o Haiti não importava arroz. Hoje o Haiti importa quase todo o seu arroz. Embora o Haiti fosse à capital do açúcar das Caraíbas, hoje também importa açúcar. Por quê? Os EUA e as instituições financeiras mundiais dominadas pelos EUA – o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial – forçaram o Haiti a abrir os seus mercados ao mundo. Depois os EUA despejaram no Haiti milhões de toneladas de arroz e açúcar subsidiados pelos EUA – arruinando os seus agricultores e arruinando a agricultura haitiana. Ao arruinar a agricultura haitiana, os EUA forçaram o Haiti a passar a ser o terceiro maior mercado mundial do arroz americano. Foi bom para os lavradores americanos, mau para o Haiti.

Em 2002, os EUA suspenderam centenas de milhões de dólares de empréstimos ao Haiti que deviam ser utilizados, entre outros projetos públicos, como a educação, para estradas. São essas as mesmas estradas que as equipas de salvamento têm tido tanta dificuldade em percorrer atualmente!

Em 2004, os EUA voltaram a destruir a democracia no Haiti quando apoiou o golpe contra o presidente eleito do Haiti, Aristides.

O Haiti até é usado para recreação sexual tal como no tempo das antigas plantações. Analisem cuidadosamente as notícias e encontrarão inúmeras histórias de abuso de menores por missionários, soldados e trabalhadores caritativos. Mais ainda, há as freqüentes férias sexuais que americanos e outros estrangeiros passam no Haiti. Quanto se deve por isso? Qual o valor que lhe atribuiriam se fossem os vossos irmãos e irmãs?

Há anos que empresas americanas têm vindo a conluiar-se com a elite haitiana para dirigir oficinas escravizantes enxameadas de milhares de haitianos que ganham menos de dois dólares por dia.

O povo haitiano tem resistido ao poder econômico e militar dos EUA e de outros desde a sua independência. Tal como todos nós, os haitianos também cometem os seus erros. Mas o poder americano tem forçado os haitianos a pagar um preço enorme – mortes, dívida e abusos.
É tempo de a população americana se juntar aos haitianos e inverter o curso das relações EUA-Haiti.

Esta breve história mostra porque é que os EUA devem ao Haiti milhares de milhões – com Bs maiúsculos. Isto não é uma questão de caridade. É uma questão de justiça. É uma indenização. A atual crise é uma oportunidade para a população americana tomar consciência da história do nosso país no que se refere ao domínio do Haiti e dar uma resposta deveras justa.

Bill Quigley

17/Janeiro/2010

Para saber mais sobre a história da exploração do Haiti pelos EUA ver:

 Paul Farmer, The Uses of Haitihttp://www.assoc-amazon.fr/e/ir?t=resistirinfo-21&l=ur2&o=8

 Peter Hallward, Damming the Floodhttp://www.assoc-amazon.fr/e/ir?t=resistirinfo-21&l=ur2&o=8

 Randall Robinson, An Unbroken Agony: Haiti, from Revolution to the Kidnapping of a Presidenthttp://www.assoc-amazon.fr/e/ir?t=resistirinfo-21&l=ur2&o=8

O original encontra-se em:

http://www.countercurrents.org/quigley170110.htm .

Tradução de Margarida Ferreira.

Este artigo encontra-se em http://resistir.info

Vox Populi: Dilma já empata com Serra no Rio

Uma queda vertiginosa do pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, e um forte crescimento da candidatura da ministra Dilma Rousseff praticamente acabaram com a vantagem que o tucano vinha sustentando sobre a candidata presidencial do PT junto ao eleitorado do Rio de Janeiro.

Segundo pesquisa feita pelo Instituto Vox Populi para a Rede Bandeirantes, e parcialmente divulgada na edição de ontem do Jornal da Noite, Serra caiu de 40% para 27% das intenções de voto, enquanto Dilma subiu para 26%.
De acordo com o Jornal da Noite, o Vox Populi também aponta 14% para Ciro Gomes (PSB) e 9% para Marina Silva (PV).

Fonte: http://www.brasiliaconfidencial.inf.br/?p=8215

Pesquisa mostra que 57% dos paulistanos deixariam SP se pudessem

(Folha Online)

“Pesquisa realizada pelo Ibope e divulgada nesta terça-feira mostra que a população de São Paulo está insatisfeita com o bem-estar na cidade e que 57% dos paulistanos gostariam de deixar o município. No ano passado, o índice de pessoas que deixariam São Paulo era de 46%.

A pesquisa, encomendada pelo Movimento Nossa São Paulo, entrevistou 1.512 pessoas entre os dias 2 e 16 de janeiro, e abordou questões como a qualidade dos serviços públicos, o grau de confiança nas instituições, a percepção da população sobre a segurança na cidade, os principais medos dos paulistanos, entre outros.

Os temas abordados pela pesquisa seguiram a orientação das mais de 36 mil pessoas que participaram de uma consulta pública do Irbem (Indicadores de Referência de Bem-Estar no Município) e apontaram os itens mais importantes para a qualidade de vida. Ao todo, foram abordados 170 itens.”

Lurian Rebate Críticas do New York Times

Lurian Lula da Silva, filha do presidente Lula com Miriam Cordeiro, mandou uma carta à redação do New York Times reclamando da crítica feita pelo jornal americano ao filme "Lula, O Filho do Brasil".

O texto, assinado pelo jornalista Alexei Barrionuevo, diz que o filme "falha ao não mencionar que Lula abandonou a namorada, Miriam Cordeiro, quando ela estava grávida de seis meses."

Na carta ao New York Times, Lurian começa contestando o erro de informação do jornalista: "Primeiro, minha mãe não foi abandonada. Apesar do fim do relacionamento, meu pai arcou com todos os custos médicos, incluindo exames pré-natal e o parto. Além disso, registrou meu nascimento logo no dia em que eu nasci. Isso não condiz com o perfil de alguém que abandona uma mulher grávida."

Depois, Lurian argumenta que não havia motivos para ela ser mencionada no filme, já que ele retrata um período da vida de Lula - da infância ao sindicalismo - em que ela ainda não havia nascido. Lurian vai completar 36 anos em março - nasceu em 1974. "Nenhum dos filhos do meu pai aparecem no filme. Então por que eu deveria aparecer?", ela questiona.

Lurian termina a carta dizendo que adorou o filme e que concorda com o presidente americano, Barack Obama: "Lula é o cara!"