domingo, maio 25, 2008

Quem sabe o que é um bicho arcaide?

Alcalde no espanhol significa 'prefeito'. Em português existe o termo 'alcaide' que também corresponde a um cargo de importância política.

Passou-se a usar de forma pejorativa com o passar do tempo, sempre como uma referência ao 'prefeito' ou alguma pessoa de influência política, delineando como sendo alguém cretino.

A palavra alcaide sofreu influencias regionalistas modificando a grafia, porem mantendo o sentido "arcaide" continua com os mesmos problemas de antigamente (promete e não cumpre , dilapida os cofres públicos etc...) Ainda mais com o predicativo "bicho".

quinta-feira, maio 22, 2008

Globo parcial, deixa os índios serem felizes.

Devido a tantas perseguições, os índios fazem suas as palavras de Schopenhauer:

"A vida é um pequeno infortúnio que perturba inutilmente a bem-aventurada tranqüilidade do nada."

O Alexandre Garcia falou:

"O que o ministro Marco Aurélio critica, com a ironia, são os exageros da política indianista, que vai a reboque de ONGs e de opiniões estrangeiras.
A reserva tem quase o tamanho de Sergipe, onde vivem mais de 1,7 milhão de pessoas. A reserva seria para 17 mil índios, que há quase um século deixaram de ser nômades. Quer dizer, cem hectares por índio e um hectare por brasileiro de Sergipe."

Mas o Alexandre Garcia se omitiu quando o Johan Eliash, um magnata sueco, comprou um enorme latifúndio no Amazonas? Joga a população contra os índios mas não joga essa mesma população contra os maganatas.

Globo parcial, deixa os índios serem felizes.


Surto antiindígena


Está havendo um surto direitista antiindígena na imprensa. A Bandeirantes outro dia imitou a Globo e fez uma matéria tendenciosa contra a Raposa Serra do Sol, e na hora em que o antropólogo Paulo Santilli ia falar, a matéria foi subitamente cortada.
Nós brancos ditos civilizados sempre usamos a violência contra os indios, desde os tempos coloniais. E a história está se repetindo.

É claro que ninguém gostaria de estar na pela daquele engenheiro. Mas a questão não é só esta. É também outra. Alguém gostaria de estar na pele daqueles indígenas? Suponhamos que um engenheiro da Eletrobrás vá até a sede da rede Globo com mapas, plantas e normas técnicas e diga:

- Estão vendo aqui ? aponta para o mapa. Toda esta área maior que contém os estúdios da Globo no Rio de Janeiro dará lugar a um grande lago artificial. Em alguns anos será construída uma barragem daqui até aqui ? aponta para o mapa e para a planta -represando este rio. Infelizmente vocês terão que ser removidos. Ao lado da favela da Rocinha há uma área que será destinada para vocês. Tudo ficará bem.?

Qual seria a reação dos donos da rede Globo? Certamente não seria a mesma que os jornalistas da companhia tiveram ao fazer a cobertura do conflito no Pará.

Acho que a Globo não ameaça ninguém com facão, manda desaparecer com o sujeito.

terça-feira, maio 20, 2008

A falácia anti-Lula

Artigo publicado na Folha de São Paulo (08/01), de autoria de ex-membro do esquecido Comunidade Solidária, do governo FHC, tergiversa sobre Brasil e Venezuela e revela enganosamente que se o IDH do Brasil fosse 0,9 em vez de 0,8, o Lula não teria sido eleito presidente. O que o “analista” não explica é como FHC foi eleito se o nosso IDH (em 94 e 98) era inferior a 0,8? Por que então Lula foi derrotado em 89, 94 e 98? FHC jamais teria sido eleito, se fosse verdadeira a lógica falaciosa e preconceituosa que diz que Lula só ganha eleição porque o Brasil é pobre e ignorante. Quem garantiu os votos de Lula, em 2002, foi a sua forte liderança política, a sua reconhecida história de lutas e o programa apresentado pelas forças que o apoiaram, à frente o PT.

O que garantiu a sua reeleição foram os empregos com carteira assinada (100 mil/mês em contraste com oito mil nos tempos de FHC), os programas sociais republicanos, com forte participação de todos os municípios, independente da cor partidária do prefeito, em especial o Bolsa Família que transfere renda às famílias mais pobres (é bom lembrar que o cadastro é feito pelos municípios e dos mais de 5.500, o PT só governa 400), o aumento real do salário mínimo, reduzindo a pobreza e a desigualdade e beneficiando os trabalhadores ativos, aposentados, pensionistas, pessoas com deficiência e idosos. Lula ganhou obtendo 49% dos votos no 1º turno e 61% no 2º turno. Os eleitores beneficiados pelo Bolsa Família estima-se em cerca de 25 milhões de pessoas, ou seja, menos de 20% do eleitorado inscrito.

Antes, o Brasil era governado só para São Paulo e o Sul, agora é para o país inteiro. Ao contrário do que tentam difundir, não só os bolsões de pobreza garantiram a reeleição de Lula, mas a economia em expansão e as políticas públicas que visam eliminar estes bolsões. Ninguém mais do que Lula sabe o que é passar fome e quer acabar com a pobreza promovendo a emancipação social, econômica, política e cultural dos pobres.

Políticas sociais – republicanas e garantidoras de direitos - como o SUAS, que rompe com a cultura “assistencialista”, e as de promoção das mulheres, dos negros e de outros segmentos historicamente discriminados, como os sem-terra, quilombolas, índios, pessoas com deficiência, idosos e o segmento GLBT, não são passivas – são políticas afirmativas e de defesa de direitos da cidadania. A diferença é que Lula governa também para os pobres. Em 2006, pude constatar como secretário do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, que os prefeitos oposicionistas não faziam - como não fazem - oposição aos programas sociais do governo federal. Isto é reconhecimento.

O Brasil tem uma política externa independente, solidária com os países da América Latina e da África, sem perda de relação com os países desenvolvidos. O presidente Lula é um líder democrático – não pensa em botar ninguém no lixo. Os seus críticos mais raivosos fazem comparações entre ele e o presidente Hugo Chaves, da Venezuela, buscando identidades, como a defesa dos pobres e os altos índices de popularidade. Esquecem-se das trajetórias políticas diferenciadas e do grau de organização dos partidos e da sociedade em seus países. A América do Sul despertou contra a opressão e as desigualdades que infernizam a população do continente. O PT, com seus erros e acertos, é o maior partido da esquerda latino-americana, respeitado mundialmente.

Plebiscito e referendo são instrumentos democráticos – a Constituição Brasileira os prevê. Quem violou a Constituição para se reeleger não foi Lula. A democracia do Lula é aquela que ajudou a construir em toda a sua história, desde o Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo até as Diretas Já e a Constituinte, passando pela fundação do PT e da CUT e pela luta em favor da redemocratização do país. A oposição truculenta, apoiada por parcela da grande mídia, tentou “melar” a reeleição de Lula. A sua liderança e as conquistas do seu governo, a organização da sociedade civil, o apoio e a força democrática do povo foram maiores do que a falácia e o golpismo de adversários.

O Brasil é soberano e o seu povo está precavido em relação a grandes grupos privados que se apossaram das nossas riquezas. Agora, aqui, há contraponto democrático-popular. Há muito por fazer, como na reforma agrária e na educação, mas a desgraça das oposições é ter de enfrentar um presidente que tem clara noção do seu papel histórico e que faz um governo para todos. Lula não é apenas símbolo, mas um presidente reconhecido pelos seus pares mundo a fora e, sobretudo, pelo povo brasileiro. Democracia é respeitar isto.

Osvaldo Russo, 59, é estatístico e assessor da Câmara Legislativa do Distrito Federal, foi chefe de gabinete do Ministério da Educação e secretário nacional de Assistência Social

USP dá um péssimo exemplo

Imagine uma universidade com sofisticados laboratórios e bibliotecas, nos quais se reúnem professores, pesquisadores e alunos da elite econômica de um país. Imagine também que, nesse lugar, além da excelência acadêmica, as pessoas sejam preocupadas com a inclusão social. Finalmente, imagine que, ali, seja considerado um dos principais centros de conhecimento da América Latina e até do mundo. Está pronto?

Agora, imagine que, nesse espaço, se coloque uma escola pública gerida por uma faculdade de Educação, destinada majoritariamente aos filhos e funcionários da universidade. Como você acha que seria essa escola pública? Lamento, mas você, caro leitor, errou.

Existe uma escola pública, com apenas 733 alunos, dentro da USP, a principal referência brasileira de ensino superior. Mas essa escola não está nem mesmo entre as 40 melhores do Estado de São Paulo, a julgar por um indicador que acaba de ser divulgado (o detalhamento está no www.dimenstein.com.br).

O resultado mereceria várias teses de doutorado sobre a dificuldade de articulação de uma escola pública com a sua comunidade. Bastaria que um punhado de voluntários da USP assumisse a tutoria dos alunos com maior dificuldade ou que se usassem melhor os recursos disponíveis da universidade ( laboratórios, bibliotecas e museus), além dos serviços médicos, psicológicos e assistenciais, para que, em curto período, aquela escola seja uma das melhores do Brasil.

A USP prestaria um gigantesco serviço à nação se usasse sua inteligência para ensinar a fazer melhores escolas públicas --aliás, está nas suas origens a missão de ajudar a educação pública. Mas, ao contrário, dá um mau exemplo, que arranha sua imagem perante aos cidadãos e contribuintes.

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Por isso que eu sempre digo, o problema não esta somente nas escolas e sim no sistema de educação. Infelizmente no Brasil as universidades particulares são um lixo e as públicas não ficam atrás.
Outra coisa que ouvimos sempre é aquela velha frase : - " Educação tem que trazer de casa!!! " .

Até ai tudo bem, mas que educação a criança tem em casa? Muitos diziam isso no inicio do século passado, por que eram filhos de imigrantes europeus e asiaticos. Mas depois de várias gerações no que se transforma essa educação?

A verdade esta lá fora e nas escolas primárias, sejam publicas ou privadas.

No caso da USP, eu acho que é outro lixo, um elefante cor de rosa num país miserável que luta para deixar de ser colonia.

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sexta-feira, maio 09, 2008

Governo Lula lança dia 12 política industrial com ações para 24 setores

Depois de meses de planejamento, a nova política industrial será lançada na próxima segunda-feira (12) pelo governo federal, com quatro metas principais e medidas de desoneração e financiamento voltadas a 24 setores da economia.

Uma das metas é elevar o investimento direto na economia para 21% do Produto Interno Bruto (PIB, a soma de todos os bens e serviços produzidos no país) em 2011. No ano passado, o investimento foi de 17,6% do PIB.

Outro ponto é estimular a inovação no setor industrial com o objetivo de elevar os investimentos privados em pesquisa e desenvolvimento para 0,65% do PIB em 2010. Em 2006, esses investimentos correponderam a 0,51% do PIB.

A terceira meta é ampliar a participação brasileira nas exportações mundiais para 1,5% do comércio mundial em 2010. Em 2007, a participação brasileira foi de 1,17%.

O conjunto de medidas prevê ainda o incentivo para aumentar em cerca de 10% o número de micro e pequenas empresas exportadoras brasileiras.

As informações sobre a política industrial foram divulgadas hoje (8) pelo porta-voz da Presidência da República, Marcelo Baumbach. Segundo ele, para alcançar as metas estão previstas medidas de incentivo, crédito e financiamento do Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), além de desoneração de impostos.

No campo da regulação, estão medidas para desburocratizar e eliminar de entraves à exportação e à concorrência interna. “Trata-se de uma política abrangente para dar sustentação ao crescimento”, afirmou Baumbach.

Segundo ele, o número de setores da economia abrangidos pela pesquisa pode ser ampliado após o lançamento. O porta-voz adiantou ainda que os valores de desoneração podem variar entre 7% e 20% e que haverá metas diferenciadas para os setores privados e do governo.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa da cerimônia de lançamento, que será realizada na sede do BNDES, no Rio de Janeiro. Para o evento, foram convidados os governadores dos 26 estados e do Distrito Federal, empresários e representantes de centrais sindicais.

Agência Brasil