domingo, junho 08, 2008

Revista Tucana "Veja" entrevista Marta.

Na primeira de uma série de entrevistas com os principais candidatos à prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy, a atual líder nas pesquisas, fala de seus planos para a cidade, do que se arrepende em seu período à frente da administração municipal e por que se julga mais bem preparada que seus dois maiores adversários, o ex-governador Geraldo Alckmin e o prefeito Gilberto Kassab - Por Alessandro Duarte e Alvaro Leme - revista Veja São Paulo.

Após um encontro reservado com o presidente Lula, na última quarta-feira, Marta Suplicy deixou o Ministério do Turismo e anunciou oficialmente que é candidata à prefeitura da maior cidade da América Latina. Aos 63 anos, ela deseja voltar ao cargo que ocupou entre 2001 e 2004. “São Paulo é moderna, nervosa, agitada”, afirma.

“Precisa de alguém ousado, criativo e inovador.” Para concretizar seu sonho, terá de bater adversários de peso. Segundo pesquisa divulgada pelo Ibope na terça, a petista lidera a corrida com 30% das intenções de voto dos paulistanos. O ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) aparece logo atrás, com 28%, e o prefeito Gilberto Kassab (DEM) vem em terceiro, com 13%.

No último levantamento do Datafolha, publicado no dia 18 de maio, o resultado foi bastante parecido. Marta tinha 30%; Alckmin, 29%; e Kassab, 15%. Entre os três, ela também está à frente na medição da rejeição. Dos entrevistados pelo Datafolha, 31% dizem que não votariam nela de jeito nenhum (contra 27% de Kassab e 16% de Alckmin).

Embora ainda faltem quase quatro meses para as eleições e esse quadro possa se modificar, já ficou claro quem são os mais fortes candidatos no pleito, cujo primeiro turno vai se realizar em 5 de outubro. O segundo está marcado para 21 dias depois.


Nesta edição, Veja São Paulo apresenta a primeira de uma série de entrevistas com os três principais concorrentes. Marta recebeu a reportagem um dia antes de se desligar do governo, na sede estadual do Partido dos Trabalhadores, no Jardim Paulista. Durante uma hora e meia, ela falou sobre seus planos e tomou cinco xícaras de café com adoçante, servindo-se de uma garrafa térmica. “Antes de entrar para a prefeitura, não tinha esse hábito”, diz ela. “Hoje, bebo mais de dez xícaras por dia.”

À frente do Ministério do Turismo, no qual ficou por catorze meses, firmou um convênio de 1 bilhão de dólares com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), criou o programa Viaja Mais – Melhor Idade, que incentiva o turismo de pessoas acima de 60 anos, e deu início aos estudos sobre as necessidades das cidades-sede da Copa de 2014. Mas o momento que ficou marcado foi o da sugestão que deu para quem sofria com as conseqüências do caos aéreo. “Relaxa e goza”, disse. “Foi uma frase infeliz, pela qual pedi desculpas horas depois”, lembra Marta.


Psicanalista, nascida rica e educada em colégios freqüentados pela elite paulistana, ela tornou-se conhecida em 1980, quando apresentava o quadro Compor-ta-mento Sexual no programa TV Mulher, da Rede Globo.

Já naqueles tempos mostrava que não tinha papas na língua. Falava sobre orgasmo e masturbação com uma desenvoltura rara à época. No PT desde a década de 80, foi deputada federal entre 1995 e 1998, quando encabeçou projetos como a regulamentação do direito ao aborto e a parceria civil para pessoas do mesmo sexo.

Em abril de 2001, numa decisão que chocou parte dos paulistanos e de seus eleitores, divorciou-se do senador Eduardo Suplicy, político com imagem de bom moço e respeitado mesmo entre os não-petistas. Eles foram casados por 36 anos e tiveram três filhos – o advogado André e os cantores Supla e João.

Dois anos e meio depois, numa festança para 400 pessoas, Marta Teresa Smith de Vasconcellos – seu nome de nascimento – casou-se, de chapelão e vestido que deixava os ombros à mostra, com o franco-argentino Luis Favre, quatro anos mais jovem, quatro casamentos anteriores e uma vistosa rede de contatos na esquerda internacional.


Em seu mandato como prefeita, algumas de suas realizações foram a criação dos Centros Educacionais Unificados (CEUs), a instituição do bilhete único – que permitia ao usuário do sistema de transporte público pegar, pelo preço de uma passagem, quantos ônibus quisesse em um período de duas horas –, a transferência de seu gabinete do mal-amado Palácio das Indústrias, no Parque Dom Pedro II, para o Edifício Matarazzo, localizado entre o Viaduto do Chá e a Praça do Patriarca, e a construção de duas polêmicas passagens subterrâneas sob a Avenida Faria Lima.

Com a desculpa de que os cofres haviam sido deixados em frangalhos pelos anos de administração Maluf-Pitta, avançou com gosto no bolso dos contribuintes. Em busca de recursos, criou as taxas do lixo e de iluminação, além de conseguir na Câmara a aprovação do IPTU progressivo.

Tentou a reeleição, mas perdeu para o tucano José Serra, que dois anos depois se elegeu governador do estado.


Quando não está cuidando dos preparativos de sua campanha, a sempre vaidosa Marta Suplicy costuma ir ao cinema (gostou de Um Beijo Roubado e detestou O Melhor Amigo da Noiva), ver os netos (tem quatro e mais um a caminho) e comer as receitas do marido, que costuma cozinhar para ela. “Ele faz um pot-au-feu (cozido francês) ótimo”, conta, com um indisfarçável brilho nos olhos azuis, antes de mais um gole de café, a essa altura morno.


Veja São Paulo – Por que a senhora quer voltar a ser prefeita?

Marta Suplicy – São Paulo precisa de uma nova atitude. Vejo minha cidade numa situação caótica no trânsito, com uma administração que não ousou o suficiente para atender a suas demandas. Creio ter as condições de dar respostas aos problemas gravíssimos enfrentados pelos paulistanos. Politicamente, tenho mais acesso ao governo federal, por ser do time do presidente.


Veja São Paulo – Qual é o principal problema da cidade hoje e como pretende enfrentá-lo?


Marta – Sem querer ignorar a situação difícil na saúde e na educação, diria que é o trânsito. O que pretendo fazer? Recuperar a capacidade de gestão da CET e ampliar o bilhete único, que pode ganhar duração semanal, mensal ou até anual. A longo prazo, construir mais corredores de ônibus e linhas de metrô. Para a Copa do Mundo de 2014, precisaremos de mais 260 quilômetros de corredores e 65 de metrô.

Veja São Paulo – A senhora foi prefeita por quatro anos. Não acha que tem parte da responsabilidade pelo caos no trânsito, que já era um problema na sua gestão?

Marta – Pelo contrário. Enfrentamos a máfia de dirigentes do transporte para reformular os contratos das empresas com a prefeitura. Havia ônibus com mais de dez anos e perueiros clandestinos enlouquecidos pelas ruas. Implantamos o bilhete único, que virou um modelo para todo o Brasil. Criamos 100 quilômetros de corredores, enquanto a atual administração construiu 7. Fizemos túneis importantes e um pedaço significativo da Radial Leste.


Veja São Paulo – A senhora cogita adotar medidas restritivas ao transporte individual, como o pedágio urbano ou a ampliação do rodízio?

Marta – Nossas propostas passam pelo lado oposto. Quero que quem usa o transporte privado se sinta atraído por um transporte de qualidade. Como, por exemplo, na Avenida Rebouças. Muitas pessoas que faziam aquele percurso de carro passaram a usar o ônibus, que é mais rápido. Quanto ao metrô, perdemos muito tempo. Estive recentemente na China e vi que são construídos 20 quilômetros por ano em Pequim. Precisamos implantar esse ritmo alucinante aqui e temos condições de fazer isso por causa do boom econômico. Mas, se tivéssemos hoje 10 bilhões de reais para investir no metrô, não haveria licitações prontas ou projetos. De que chamo isso? Falta de planejamento. Que nome posso dar?

Veja São Paulo – A senhora se compromete a não aumentar impostos como o IPTU ou a não criar outras taxas?

Marta – Vou diminuir as taxas. Já mandei um grupo estudar formas de reduzir a tributação para o cidadão paulistano. Não sei ainda que imposto será usado. A cidade vive outro momento, gente! Quando comecei minha gestão, São Paulo tinha dívidas gigantescas. A receita de que dispunha era metade da atual.


Veja São Paulo – Caso seja eleita, a senhora se compromete a cumprir o mandato até o fim?

Marta – Assinar papel com uma garantia dessas ficou desmoralizado na última eleição, não? Tenho idéia de, se eleita, pleitear um novo mandato. Oito anos. Em minha experiência como prefeita, vi que dei passos gigantescos no transporte, na saúde e na educação, mas não consegui chegar aonde poderia. Se é para entrar na briga, que seja para deixar uma coisa mais consolidada.

Veja São Paulo – Quer dizer que não deixaria o mandato para se candidatar ao governo ou à Presidência?

Marta – Mais que isso. Estou falando que penso em ficar oito anos na prefeitura.


Veja São Paulo – A senhora gostou, então, de ser prefeita?

Marta – É um trabalho estressante como nenhum outro. Não tem igual. Ao mesmo tempo, é muito gratificante perceber que você pode mudar a vida das pessoas.

Veja São Paulo – Por que a senhora acha que tem melhores condições de administrar São Paulo do que o prefeito Gilberto Kassab e o ex-governador Geraldo Alckmin?

Marta – Pelo perfil. São Paulo é moderna, nervosa, agitada. Precisa de alguém ousado, criativo e inovador. Se for ver o que o Alckmin fez como governador, não daria para aplicar nenhum desses adjetivos à sua gestão. O Kassab continuou, de forma muito modesta, o que eu havia iniciado. Não consigo lembrar de nenhuma ação inovadora e criativa que ele tenha tomado para solucionar os problemas vitais da cidade.


Veja São Paulo – Nem mesmo a Lei Cidade Limpa?

Marta – É um projeto importante, que foi iniciado em nossa gestão com a Operação Belezura. Kassab teve o mérito de implementar e dar uma dimensão para a cidade toda. Foi um bom projeto. Mas não vi nenhuma grande obra que não tenha sido iniciada no meu governo. A Ponte Estaiada Octavio Frias de Oliveira, que é uma obra muito linda, foi licitada por nós. Fizemos também a fundação e os pilares. A gestão Serra-Kassab limitou-se a dizer que era uma obra faustosa e cara. Interrompeu a construção, que só foi retomada quando as empreiteiras entraram na Justiça. Tínhamos pouco dinheiro e fizemos muito. Eles têm muitos recursos e fizeram muito pouco.


Veja São Paulo – Que projeto ou obra seria a marca de um novo governo seu?

Marta – Ainda é cedo para dizer. Estou começando a me debruçar nos problemas da cidade. Mas certamente será marcante a recuperação do transporte. E também a inclusão social. Enquanto o sistema público não consegue tirar uma criança da favela, que seja capaz de tirar a favela de dentro dela com uma escola que ofereça oportunidades. Vou investir em um centro para alavancar a formação dos nossos professores. E conseguir que os alunos fiquem mais tempo na escola, o que é um desafio gigantesco em São Paulo, em razão da quantidade de crianças. Como psicóloga e psicanalista, quero manter um olhar especial sobre as creches. Criança bem-cuidada nos primeiros anos de vida é a que vai ter oportunidades.


Veja São Paulo – Do que a senhora se arrepende de não ter feito em sua gestão?

Marta – Eu me arrependo de algo que fiz. Das taxas. Muito. Mas não havia recursos. Nossa administração foi bem difícil no começo, porque pegamos um momento pós-Maluf e Pitta. Uma cidade completamente depredada, em ruínas. As administrações regionais eram antros e não prestavam nenhum serviço. Criamos um plano diretor, o que não existia em São Paulo havia mais de dez anos. A folha de pagamento da prefeitura era feita a mão! Nós a informatizamos. Agora, olhando em retrospecto, eu me arrependo das taxas, sim. Apesar de termos boa intenção, a população já havia enfrentado aumento no IPTU e se sentiu penalizada. É paradoxal, pois fui a prefeita que menos cobrou impostos em São Paulo. Na minha gestão, 62% dos contribuintes passaram a pagar menos IPTU. Ao mesmo tempo, outros 31% tiveram aumento, e aí acho que a mão pesou.


Veja São Paulo – Por que os paulistanos não a reelegeram?

Marta – É uma questão que me coloquei muitas vezes. Acho que cometemos erros de verdade, como a tributação. E as pessoas acreditaram na proposta do outro, que prometeu fazer melhor o que a gente já fazia.

Veja São Paulo – Também havia e há, segundo as pesquisas, rejeição à sua imagem. Como pretende contornar isso na campanha?

Marta – Acho que você amadurece, em primeiro lugar. E acredito que as pessoas, depois de quatro anos, tenham avaliado melhor a posição que assumiram naquele momento. O machismo também pesa.


Veja São Paulo – Alguns analistas creditam parte dessa rejeição ao fato de a senhora ter se separado do senador Eduardo Suplicy e se casado com o franco-argentino Luis Favre. Acredita que isso possa pesar na campanha deste ano?

Marta – Foi um item a mais num caldeirão que se colocou contra mim, mas não teve peso substancial. Hoje, a maioria das famílias tem alguém separado. Senti falta de pessoas que falassem em meu favor. Que vissem como ato de coragem uma pessoa se apaixonar e, em vez de levar uma vida paralela, assumir e prestar satisfação à sociedade. E, inclusive, se casar. A maioria dos políticos não se porta assim. Fui coe-rente com minha vida e minhas posturas.

Veja São Paulo – Nesta eleição, a senhora vai enfrentar outro problema em relação à imagem, a sugestão para os passageiros vítimas do apagão aéreo: “Relaxa e goza”. Como pretende lidar com essa questão?


Marta – Considero uma página virada, no sentido de que foi uma frase infeliz, pela qual pedi desculpas horas depois. Acho que a grande maioria da população entendeu a situação em que disse aquilo e me perdoou. Uma vida pública de vinte anos não pode ser destruída por uma frase infeliz. Eu me sinto tranqüila. Podem eventualmente usar isso contra mim, mas não creio que vá trazer votos a quem o fizer. E, depois, quem é que nunca disse uma frase infeliz?


Veja São Paulo – Qual é a melhor coisa de ser prefeita de São Paulo?

Marta – Poder fazer.

Veja São Paulo – E a pior?

Marta – O stress.

Veja São Paulo – O que São Paulo tem de melhor?

Marta – O povo.

Veja São Paulo – E o que tem de pior?

Marta – O trânsito.

Veja São Paulo – Qual foi o melhor prefeito que São Paulo já teve?

Marta – Em termos de pensar a cidade, Prestes Maia e Faria Lima. No que diz respeito à inclusão social, nossa gestão foi muito importante.

Veja São Paulo – Como concilia a carreira política com o tempo dedicado a marido, filhos e netos?

Marta – Todos sofrem e eu também, por não conseguir dar a atenção que gostaria, apesar de me desdobrar. Falo com meus filhos todos os dias. Eles às vezes me visitam em horários esdrúxulos, como à meia-noite. Sempre sei o que está acontecendo com eles. Acho que Eduardo (Suplicy) e eu conseguimos construir algo muito bom com nossos filhos. Perco várias gracinhas dos netos. Uma delas, a Laura, ganhou medalha na natação outro dia e eu não estava lá. Vou sempre aos aniversários e, de vez em quando, fazemos algum programa juntos.

Veja São Paulo – Como encontra tempo para se cuidar?

Marta – Não me cuido muito. Tento fazer esteira e algumas outras coisas, quando dá.


Veja São Paulo – Que coisas?

Marta – Prefiro não ficar detalhando. Quero voltar a fazer acupuntura.

Veja São Paulo – Incomoda-a quando comentam seu gosto para se vestir ou seu guarda-roupa?

Marta – Sou uma pessoa vaidosa, então não me provoca incômodo dizerem que estou bem-arrumada. Só quando isso vai além do que devia. É mais uma qualidade e um esforço do que qualquer coisa, mas devia passar despercebido. É “ça va sans dire” (algo como “dispensa comentários”, em francês). Quem está no serviço público precisa se apresentar bem porque é visto e fotografado o tempo inteiro. Mulher sempre paga um preço. Se aparece desarrumada, acham que está deprimida. Se demora a retocar a tintura do cabelo, a chamam de relaxada.


Veja São Paulo – Qual é sua maior tentação gastronômica?

Marta – Massas.

Veja São Paulo – A senhora cozinha?

Marta – Nunca fui boa nisso. O Luis, meu marido, é ótimo cozinheiro. Ele faz muito bem pot-au-feu (cozido francês), saladas, rosbifes, vitelas, coelhos e carnes. Tem também um prato de batata com bacon que adoro. Ele só não sabe fazer sobremesa, mas nem assim me estimulei a aprender.

Veja São Paulo – Vai muito ao cinema?

Marta – Pouco. O último filme que vi foi Um Beijo Roubado, que é bom. Na semana anterior, assisti a um outro que detestei, O Melhor Amigo da Noiva.

Veja São Paulo – E para ler, encontra tempo?

Marta – Toda noite. Acabei recentemente o livro da Maitê Proença (Uma Vida Inventada). No momento não estou lendo nada em português. Leio em inglês, francês e espanhol como uma maneira de praticar essas línguas.


Veja São Paulo – A senhora acha que tem uma imagem de arrogante?

Marta – Às vezes desconfio que sim. Algumas pessoas, depois de me conhecer, contam que me imaginavam muito diferente. Quando tento entender, vejo que era por me acharem arrogante. Mulher é assim: se é gentil e doce, classificam de incompetente. Se é firme e forte, chamam de arrogante. Se tem poder, então, vira insuportável. E você não pode exercer o poder se não for firme. É uma imagem que nós, mulheres, vamos ter de conquistar e mudar. As grandes líderes do século passado, como Golda Meir, Indira Gandhi e Margaret Thatcher, eram todas mulheres travestidas de homens. A geração do século XXI não quer isso. Políticas como Ségolène Royal, Cristina Kirchner e Michelle Bachelet são muito femininas. A Angela Merkel até pôs um decote ousado outro dia. Fui uma desbravadora, primeiro no programa TV Mulher, depois no exercício da política, pagando todos os preços nas duas experiências.


Veja São Paulo – Qual é sua maior qualidade?

Marta – Não tenho medo de pensar o novo. Estou sempre em busca de solução. Eu decido.

Veja São Paulo – E o maior defeito?

Marta – Impaciência. Quero tudo para ontem.

Veja São Paulo – Lê horóscopo?

Marta – Às vezes, mas não que eu abra o jornal para isso. Acho divertido.

Veja São Paulo – A senhora se identifica com alguma característica de Peixes, o seu signo?

Marta – Ah, eu choro muito. Em filme, livro… Durante a prefeitura, quase todo dia. Não houve uma visita a CEU em que eu não tenha chorado.

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