terça-feira, junho 12, 2007

Rede Globo-Quer derrubar LULA na marra

A Rede Globo utiliza o máximo de sua força midiática para acabar com o carisma do presidente Lula junto ao povo brasileiro. A Rádio CBN de 15 em 15 minutos, transmite boletim com notícias contra o presidente.

Todo tipo de entrevista de economia, de política, de investimento ou outro assunto, o jornalista âncora deve influenciar ao entrevista criticar a situação do governo Lula. Além do Fantástico, Jornal Nacional, Casseta & Planeta, Programa do JÔ, Bom Dia Brasil e Cia., as baterias mirando contra o Planalto. A Rede Globo é uma das vergonhas da nação brasileira.

Estamos publicando matéria escrita por Argemiro Ferreira e publicado no Onipresente: O que parece claro em recentes manchetes de primeira página de "O Globo" sobre o venezuelano Hugo Chávez e parentes do presidente Lula é que o império dos irmãos Marinho obstina-se no rumo golpista, mesmo depois do fracasso da campanha do impeachment em 2005 e dos dois turnos que garantiram a reeleição e humilharam o tucano-pefelê Geraldo Alkmin, candidato "da casa".

Como os veículos do império desistiram de fazer jornalismo (optam pela manipulação e pelo "infotainment") entende-se que apostem, com as manchetes de primeira página, em lançar Lula contra Hugo Chávez ou investir em eventuais desvios de parentes do presidente que sequer têm cargos oficiais. Os Marinho tentam ter sucesso aqui no que a RCTV fracassou lá: a derrubada do governo.

Curiosamente, as intrigas globais sobre Chávez não funcionaram, ao menos por enquanto. Um leitor amigo chamou minha atenção para o Portal ALBA, da Aliança Bolivariana da América. Ali foi veiculado, a partir do dia 1 de junho, uma tradução para o espanhol do texto de coluna que publiquei aqui dois ou três dias antes daquela data, sob o título "Que tal a verdade sobre a RCTV?"

O complô articulado pela CIA - O texto buscava comparar a campanha em torno da RCTV com o caso do jornal "El Mercurio", do Chile, no esforço para derrubar Salvador Allende. O golpe teve início quando a CIA, usando a SIP (Sociedade Interamericana de Imprensa) e os jornalões do continente, montou a campanha para denunciar "ameaça à liberdade de imprensa".

Exatamente como a campanha que se desdobra hoje contra Chávez. A ameaça no Chile existia sim, não da parte de Allende e sim dos cúmplices do "El Mercurio" - e não contra esse jornal ou o dono dele, Agustín Edwards, que já freqüentava pessoalmente o diretor da CIA em Washington, Richard Helms, com quem conspirava e discutia o momento certo para o golpe - que veio em 1973 e trouxe um banho de sangue, a ditadura Pinochet e o fim da liberdade de imprensa.

Tentei mostrar no texto como "El Mercurio", a exemplo do que ocorrera com "O Globo" depois do golpe de 1964, foi transformado pela ditadura militar no maior império de mídia do País - além de porta-voz oficioso do poder, enquanto outros jornais sofriam censura e eram fechados. Ou seja, os inimigos da liberdade de imprensa são os golpistas que fingem defendê-la - "El Mercurio", RCTV & cia.

Os porta-vozes de ditaduras - Na posição privilegiada (e bem recompensada) de porta-voz oficioso da ditadura militar brasileira, "O Globo" costumava então jurar que no Brasil havia liberdade de imprensa ao mesmo tempo em que investia com fúria contra a suposta ameaça de Allende a "El Mercurio".

Cabia à SIP, no plano da CIA, distribuir editoriais do jornal chileno aos jornalões como "O Globo" - um dos mais zelosos na campanha. O que acontece em relação à RCTV é que a licença dela caducou e deixou de ser renovada.

O governo assim decidiu por causa do apoio dela em 2002 ao golpe que instalou um aventureiro no poder e derrubou Chávez. Fechou o Congresso, os tribunais e impôs censura.

A RCTV, golpista, mentiu ao país que o presidente renunciara. Devia ter a licença renovada, se o dono, Marcel Granier, era parte do golpe? Sob o título "O dossiê El Mercurio", o americano Peter Kornbluh publicou uma pesquisa na "Columbia Journalism Review" dos EUA, expondo o papel do "El Mercurio" no golpe e no regime de Pinochet.

Foi igual ao de outros veículos que serviram a golpes e ditaduras, como "O Globo" e a RCTV. Esta só não se tornou o grande império de mídia da Venezuela porque ali foi às ruas repudiar o golpe.

O desafio da impunidade - Chávez foi reeleito em 2006. Ganha eleições e referendos, mas o governo Bush e sua aliada maior no continente, a mídia golpista, insistem em retratá-lo como ditador - por defender a democracia do golpismo crônico deles. Seria temerário ignorar as lições do passado recente e tolerar aos golpistas o uso de concessões do Estado para derrubar a democracia e instalar a ditadura - como a RCTV fez antes.

Na raiz do problema, como lembrei antes, está a prepotência da grande mídia. Impune depois de praticar crimes contra a democracia e os interesses do país, ela parece julgar-se autorizada pela própria impunidade a desafiar a Constituição e as leis. Governantes que se deixam intimidar pelo cinismo com que ela invoca a liberdade de imprensa pagam preço alto - como Chile, Brasil e outros pagaram.

Granier fica tentado até a usurpar funções de governo. Berlusconis e Murdochs são outros exemplos eloqüentes. Edwards, impune, é dono do que pode ser o império dos sonhos de Granier. Ajudou a espionagem estrangeira a instalar a ditadura e, em vez de ser punido, foi premiado. Porque renovar a licença da RCTV? Para ter de confirmar tudo outra vez, 30 anos depois, nos arquivos da CIA?

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Sera que querem derrubar o Rei e por isso o nome da operaçao éxeque-mate?

Frei Chico era do Partido Comunista quando Lula era peão. Foi ele quem levou Lula ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. E Lula acabou se tornando o Lula, o rei. Claro que isso é uma alusão ao nome da operação Xeque Mate.

Mas continuando a história. Frei Chico foi candidato a deputado estadual, se não me engano, por duas vezes. Como era de outro partido, Lula não o ajudou. E mesmo que o tenha ajudado, isso não foi o suficiente.

Frei Chico teve votações insignificantes. Frei Chico era o que se costumava chamar de "quadro" do PC, ao menos uma torre do partido no ABC. Vavá também é irmão de Lula, mas que eu saiba nunca foi do Sindicato ou um militante político importante. Foi peão, mas da prefeitura de SBC. Lembro-me dele como motorista por lá. Tentou se eleger vereador pela cidade. Fez poucos votos, bem poucos. Lula não o ajudou. Ou se ajudou, não adiantou.

Frei Chico acaba de assumir que ligou para Vavá no dia 20 de maio e deu-lhe um aviso. Não exatamente um xeque mate, talvez um xeque. Algo como: o rei não está gostando de umas coisas. Lula tem um outro irmão. Ele vive na periferia Guarujá. Também não é peão. Trabalha numa copa de bar, mesmo nesse caso o jogo sendo de xadrez e não de cartas. Ele não fala nada sobre Lula. Não trata da vida do outro irmão. Lava os copos em silêncio. Quando qualquer jornalista-maleta tenta arrancar dele qualquer declaração que seja sobre o irmão, ele pergunta da lua, do sol ou de futebol.

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Se Lula é o rei e o nome dessa operação é Xeque Mate, pode vir mais coisa por aí. Até porque, o que li e ouvi até não me parece exatamente um xeque mate. Nem um xeque muito complicado. Só é algo constrangedor. Quem levantou a lebre de o nome da Operação ser Xeque Mate pode levar a crer que alguém quer encurralar o Rei foi Ciro Gomes. Ele deve saber do que fala. Mas por que a Polícia Federal quer derrubar Lula? Ou por que alguns setores da Polícia Federal gostariam de derrubar o rei?

O momento está mais para perguntas do que para respostas. Insisto, porém, que as ações da PF sempre tiveram crédito nesse blog. Ainda continuam tendo. Mas é estranho ver uma gravação que constrange o rei, ou melhor, o presidente da República, ter vazado pela PF e virar manchete do jornal eletrônico da maior TV do país. E se tudo o que a PF tiver for isso, acho que é melhor ficar de olho mais aberto em relação às peças que se movimentam neste tabuleiro. A PF não pode jogar.

(Escrito por Renato Rovai)

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